13 de outubro de 2016

Servidor: Cassação de aposentadoria é constitucional, diz Janot


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu a constitucionalidade de dispositivo legal que prevê a cassação de aposentadoria ou disponibilidade como penalidade disciplinar para servidor público inativo que tiver praticado, na atividade, falta punível com demissão. As informações foram divulgadas no site da Procuradoria. 
A manifestação foi dada em parecer ao Supremo Tribunal Federal em ação ajuizada por associações de magistrados, que questionam a aplicação da pena disciplinar a juízes. 
Para Janot, tais normas, previstas nos artigos 127 (inciso IV) e 134 da Lei 8.112/1990, 'são decorrência direta dos princípios da predominância do interesse público e da responsabilidade'. 
Segundo ele, a cassação de aposentadoria ou disponibilidade somente é aplicável no caso da prática de ato grave por parte dos servidores públicos - incluindo magistrados e membros do Ministério Público -, em princípio doloso, desde que observado prévio processo administrativo em que se assegure ampla defesa. 
Além disso, a própria Constituição prevê a perda do cargo público como penalidade para a prática de ato ilícito, sem ressalvar a preservação da aposentadoria. 
De acordo com o procurador-geral da República, a penalidade prevista na lei 'é consequência jurídica da vontade do agente público, o qual, ao praticar o ilícito, tem consciência de que poderá sofrer efeitos de sua conduta, na esfera disciplinar - perda do cargo -, com reflexos previdenciários, perda da aposentadoria a que faria jus ou cassação dela, se já a houver obtido'. 
Tal sanção integra o regime estatutário dos servidores públicos e corresponde à demissão administrativa, em que o servidor, da mesma forma, perde de forma proporcional ou total a expectativa de receber contribuições que fez durante a vida funcional. 
Janot lembra no parecer que o mesmo ocorre com a demissão decorrente de decisão judicial específica, como no caso de condenação por improbidade administrativa, ou em processo criminal. "Não há inconstitucionalidade nesses institutos, pois a perda do cargo ou função pública acarreta rompimento dos vínculos previdenciários, causado por ato ilícito do próprio servidor", afirma. 
O próprio Supremo Tribunal Federal, em diversas ocasiões, afirmou a constitucionalidade da pena disciplinar de cassação de aposentadoria. 
"Não há extravagância jurídica em o servidor público punido por ato grave perder o direito à aposentadoria ou tê-la cassada, embora haja contribuído para essa finalidade. Trata-se de mais uma consequência punitiva desse gênero de ato, a que o servidor se exime de sujeitar abstendo-se de cometer infrações severas de seus deveres funcionais", destaca o procurador. 
Janot sustenta que 'não procede a tese dos autores de que a perda da aposentadoria implicaria enriquecimento ilícito da administração, nem ofensa ao princípio da proporcionalidade'. 
Isso porque as contribuições previdenciárias dos servidores ocupantes de cargo no Regime Próprio da Previdência Social (RPPS) 'possuem natureza tributária, e não contratual que devam necessariamente retornar ao contribuinte ao fim da relação jurídica'. 
O regime disciplinar dos servidores públicos é diferente do aplicável aos empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). "Não cabe cogitar dos reflexos previdenciários da aposentadoria como fundamento para invalidar norma atinente ao regime disciplinar do funcionalismo público em sentido amplo, abrangendo agentes políticos como membros do Judiciários e do Ministério Público", conclui o procurador-geral da República. 
Na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 418/DF, as Associações dos Magistrados Brasileiros (AMB), Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) pedem a inconstitucionalidade da norma que prevê cassação de aposentadoria e disponibilidade a servidores que praticarem falta punível com demissão. 
As entidades alegam que a medida não pode ser aplicada a juízes, pois a Lei Orgânica da Magistratura prevê como pena disciplinar máxima aposentadoria compulsória com proventos proporcionais. 
No parecer, o procurador opina pelo não conhecimento da Arguição e indeferimento da cautelar, por entender que tais entidades não têm legitimidade para questionar norma que atinge todos os servidores federais e não apenas magistrados. 
No parecer, Janot defende ainda que a ADPF deve ser julgada junto com a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4.882/DF, que discute o mesmo tema.  (Agência Estado)

11 de outubro de 2016

Sindicatos: Diálogo com governo sobre reforma

São Paulo - As centrais sindicais têm apostado no diálogo para chegar a um acordo com o governo do presidente Michel Temer (PMDB) nas discussões sobre a reforma trabalhista e da Previdência. 
Com isso, uma reunião está marcada para a semana que vem, na qual governo deve expor um esboço das alterações nas regras de trabalho. Para o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, desde o afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff, em abril, houve avanços nas negociações com o governo. 
"O governo adiou a reforma trabalhista para o ano que vem. E a reforma da Previdência era para sair em medida provisória na sexta feira antes das eleições (dia 30), mas foi adiado por interferência do movimento sindical", declarou Patah. 
O diálogo com os sindicalistas deve acontecer após a viagem de Temer à Índia, onde o presidente se reúne com a cúpula do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e empresários e a visita ao Japão. 
Mesmo centrais mais identificadas com os partidos de oposição ao Palácio do Planalto, como CUT e CTB, abriram espaços para conversas com o governo. 
"Até resolver a questão do golpe, não tinha mesmo [condições de diálogo]. Mas a vida segue. Vamos colocar a nossa decisão na mesa. Dependendo que eles anunciarem, a gente vai fazer a denuncia para que os trabalhadores se mobilizem", disse ao DCI o secretário-geral da CUT São Paulo, João Cayres. 
Paralisação 
Nesse sentido, as centrais pensam em uma grande mobilização para novembro. Os sindicalistas se reúnem no próximo dia 17 para afinar o discurso e a possibilidade de uma manifestação dependerá do encontro com os ministros de Temer. 
Isso porque, na avaliação das centrais, não houve avanços no grupo de trabalho criado entre o governo, empresários e sindicalistas, para debater as reformas. Essa mobilização pode contar com a adesão dos estudantes que criticam a medida provisória do ensino médio. 
"Não andou. Vamos restabelecer critérios para participar em grupos dos encontros com o governo. Enquanto estivermos divididos, esse trator neoliberal vai passar sobre a gente", disse Patah. 
Desde maio, quando assumiu o cargo, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira (PTB), tem dito que não haverá alterações "sem o protagonismo" dos trabalhadores. No entanto, os sindicalistas se dizem fora das discussões. 
A direção da CUT São Paulo se reúne nesta terça-feira (11) para debater a reforma trabalhista e da Previdência e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que limita os gastos públicos à inflação do ano anterior por 20 anos. 
"Há uma expectativa de se criar um grande dia de paralisação novamente, como uma greve geral. Estamos pensando em algo no mês de novembro, mas uma paralisação como essa ou mesmo uma greve não se constrói fácil. Queremos primeiro ver a proposta do governo", analisou Cayres. 
Outra estratégia do movimento sindical é o corpo-a-corpo com deputados e senadores. Com o fim das eleições municipais, os sindicalistas acreditam que possam ter algum sucesso no contato com os congressistas. 
Por sugestão de Paulo Paim (PT-RS), a Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado deve realizar hoje a primeira de várias audiências públicas sobre as reformas.  (Fernando Barbosa - Panorama Brasil)

13 de abril de 2014

Estudos iniciais sobre as caixas de assistências

Ribeirão Preto, 06 de Janeiro de 2014.
 
De onde nascem as  caixas assistenciais
 
            Uma da primeira caixa de assistência no Brasil, conhecidos como montepios ou caixa de socorros mútuos, por incrível que pareça foi a dos funcionários dos Correios, datada de 1889. Nota-se que estamos falando de um período histórico sem cobertura da previdência e assistência a saúdes pública. Os modelos de caixa assistenciais foram aprimorados e as grandes categorias passaram a criar a partir da década de 30. As grande  categorias sem amparo assistenciais e sem previdência pública, montam caixas assistenciais que passa a ser útil na medida em que fornece assistência médica , medicamentos e cobertura em morte, doença, invalidez e velhice aos trabalhadores.
 
 Um olhar sobre GEAP E CASSI

 
Assim nascem a CASSI do Banco do Brasil (1944) e a GEAP (1945) dos servidores públicos federais. No passar dos tempos várias caixas assistenciais e seus patrimônios foram absolvidos pelo governo, passo a passo chegou-se a construção e a criação do INAMPS, que passa a oferecer aposentadorias e assistência a saúde. Na década de 70 até 1988 os trabalhadores para ter acesso a serviços médicos e hospitais públicos, tinham de ter as carteirinhas do INAMPS, que era fornecido quando o trabalhador era registrado.            Quando o trabalhador estava fora do mercado de trabalho, o que lhe restavam eram as Santas Casa de Misericórdia. Somente com a constituição de 1988, que idealiza o SUS(Sistema único de Saúde) que a população sem distinção passa a ter acesso aos serviços de saúde. Porém as caixas permanecem em alguns casos assumindo o fornecimento de assistência médicas da empresa, como no caso da CASSI do Banco do Brasil. A GEAP funcionou como caixa de assistência com foco em pecúlio(aposentadoria) até 1990, quando passa a funcionar também como gestora de saúde complementar por decisão governamental.
Nos Correios
            Nos correios na greve de 1985, os trabalhadores conquistam seu plano de saúde, vinculados ao RH da empresa. Uma vitória grande da categoria. Naquele momento os Correios poderiam ter optado por trazer o plano de saúde para dentro do seu fundo de pensão, o POSTALIS, o que muitas empresas fizeram, porque a legislação permitia. Porém o modelo adotado foi de autogestão por RH. 
 
 
O que implica a troca de gestão pela empresa e gestão por uma caixa assistência de direito privado?
 
            Trocar a gestão de RH (Recurso humano) pela gestão de caixa de assistência de direito privado, além de colocar o controle da direção indicada pelos partidos políticos, como o POSTALIS, muda a forma de custeio. Hoje, é financiado direto pelo orçamento da ECT e a partir do postal saúde muda para custeio de forma atuarial, em orçamento próprio da caixa. Também começaremos a arcar com milhões em custeio administrativo que a caixa terá de contratar pessoas, auditores, contadores, médicos, prestadores de serviços, etc. Estima-se que o custo administrativo fique na casa de R$ 120 milhões depois de ser implantado. Atualmente, as pessoas responsáveis pela gestão do plano são contratadas por concurso público ou empresas terceirizadas pela própria ECT.
 
            Aos nos deparar com dois modelos de caixa assistencial existente, notamos que estas não são atrativas para os funcionários e nem chegam perto do nosso Correio Saúde. Ao analisar estes modelos vimos que eles adotam uma cobrança mista entre mensalidades e compartilhamento. No nosso casso somente pagamos o compartilhamento. Na GEAP, caixa de assistência dos trabalhadores nos serviço público federal, o trabalhador além de pagar compartilhamento, entre 10% a 30% quando utiliza os serviços, ainda paga mensalidade por participante, veja abaixo a tabela de contribuição que leva em consideração o salário bruto do servidor e a idade dos beneficiários, nota-se que há cobrança por pessoa.
 

TABELA GEAPSAUDE

remuneração/idade
0 a 18
19 a 23
24 a 28
29 a 33
34 a 38
39 a 43
44 a 48
49 a 53
54 a 58
59 ou +
Até 1.499,99
7,90
18,94
45,19
62,40
86,36
98,55
131,56
185,07
249,76
294,57
1.500,00 - 1.999,99
15,89
26,93
53,18
71,55
95,50
107,69
141,36
194,98
259,80
311,33
2.000,00 - 2.499,99
23,88
34,92
61,17
79,53
103,49
115,68
151,16
204,90
269,84
328,08
2.500,00 - 2.999,99
30,71
42,90
69,17
87,52
111,48
123,66
159,70
213,54
278,58
344,83
3.000,00 - 3.999,99
38,71
49,74
76,01
95,51
119,47
131,65
168,24
222,18
287,32
360,29
4.000,00 - 5.499,99
50,15
64,64
90,89
112,71
136,66
148,85
191,89
246,18
311,66
395,24
5.500,00 - 7.499,99
55,84
71,48
97,73
119,55
143,50
155,69
199,17
253,54
319,10
409,40
Acima de 7.499,99
62,68
78,32
104,58
126,39
150,34
162,53
206,45
260,90
326,53
423,55
 
            A GEAP passa por problemas graves.Segundo a FENAPS(Federação Nacional dos Trabalhadores da Previdência Social) o principal é o uso político da entidade, onde o governo nomeia pessoas de acordo com os acordos políticos. Inicialmente a GEAP adotava uma contribuição solidária que era 8% do salário base com um plano único para todos os servidores. Agora adota o pagamento por cabeça, o que esta tornando o plano caro para a família, principalmente para as pessoas de idade avançada.Deve-se destacar que, mesmo com esta cobrança, a GEAP esta desequilibrado, e a pouco tempo sofreu uma intervenção na sua direção. Hoje a GEAP goza de baixo prestígio entre os trabalhadores e entre os prestadores de serviço, porque atrasa  pagamentos, fazendo com  que muitos hospitais e clinicas deixem de atender.
            O caso mais emblemático foi o do descredenciamento de hospitais e  aconteceu quando o então secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, morreu após sofrer um enfarte e não ser atendido no Santa Lúcia e Santa Luzia em Brasília. Os dois estabelecimentos de saúde se recusaram a atender o secretário por não aceitar o plano da GEAP por falta de pagamento. Também devemos lembrar que até o início da década de 90 , o governo bancava o Plano de Saúde, com um pequeno pagamento pelo trabalhador, que a partir das Mesas de Negociação Paritária  esta incumbência foi transferido para o GEAP, que era uma caixa de pecúlio.
            Com o valor das mensalidades a um valor que impossibilita o trabalhador e família de continuar no Plano,  a GEAP lança outros planos mais baratos(Planos referencia e essencial), obviamente com menos coberturas. Também lança plano mais sofisticados para quem pode pagar mais (Plano Clássico). Ao quebrar a solidariedade do plano, tanto no pagamento, que era única e na qualidade do plano que também era único (GEAP SAÚDE), constrói uma política que penaliza os menores salários no governo. Também hoje o governo oferece ao trabalhador a possibilidade de não participar da GEAP e contratar um plano privado, com o reembolso de uma contrapartida. Isto faz com que cada vez mais, os trabalhadores novos, jovens optem por ingressar em planos particulares. Isto provocado pela má gestão e problemas na rede credenciada que deixa de ser interessante à permanência na caixa de assistência. Sem prestar atenção estes trabalhadores entram em uma arapuca pra si mesmo, pois quando vão adquirindo família e envelhecendo os planos privados tendem a ficar muito caro. Nota-se uma política deliberada pelo governo de privatização da saúde complementar.
 
CASSI – Misto de mensalidade e compartilhamento
 
Escolhida como exemplo pela ECT, a CASSIN é outra entidade que adota o modelo misto de cobrança de mensalidade e compartilhamento. Os trabalhadores contribuem com 3% do Salário bruto e o Banco do Brasil contribui com 4% . Além disto, existe uma cobrança de compartilhamento que varia na faixa dos 30%, quando o associado utiliza os serviços.  Alem disto no ano de 2012 a CASSIN fechou com um déficit em suas contas.
 
 
Negociado da ECT foi diretor administrativo da GEAP
 
No ano de 2011 o atual chefe da negociação na MNNP (Mesa Nacional de Negociação Permanente), Idel Profeta, foi diretor administrativo da GEAP nomeado pelo governo. Conhecedor e responsável por este modelo de caixa assistencial implantado pelo governo federal aos servidores público. Não devemos ter ilusões, as experiências de caixas assistências não são as melhores, e são estas pessoas  que estão responsáveis  pela implantação do POSTAL SAÚDE na área de Recursos Humanos .
 
Custos Administrativos e impostos
 
Hoje todo o custo administrativo é absolvido pela ECT. Na GEAP esta na ordem de 180 milhões de reais, onde é segurada 600 mil vidas. Na CASSIN são 240 milhões de reais, com 800 mil vidas seguradas. No POSTAL SAÚDE estimasse que o custo administrativos fique na casa dos 120 milhões com 400 mil vidas seguradas. Estes custos são transferidos para a caixa de assistencial, e na melhor das hipóteses são divididos pelo sistema de compartilhamento. Gastos que eram absolvidos pela ECT passa a ser absolvido pelo POSTAL SÁUDE. Da mesma forma passa a ser os impostos. Por mais que um convênio de adesão possa inicialmente repassar estes custos para a mantenedora, ECT. Estes custos tendem a ser repassado aos trabalhadores. Como ocorreu em 1996, na CASSI , que o Banco do Brasil deixou de arcar com as despesas administrativas.

Reunião do Conselho ANAPAR e 1 Seminário de Saúde Suplementar

DIA: 07 E 08 de Agosto 2013.
Local: Hotel ALLIAN – SETOR HOTELERO NORTE QUADRA 5 – Brasília – DF
Objetivo: DIA 07 – REUNIÃO DO CONSELHO DA ANAPAR E DIA 08/08 SEMINÁRIO SOBRE SAÚDE SUPLEMENTAR.
 
 Relatório das atividades junto a ANAPAR
 1 º REUNIÃO DO  CONSELHO DELIBERATIVO ANAPAR MANDATO 2013/2016 DIA 07/08 INÍCIO 14 HORAS.
 
Pautaa) Eleição do presidente e secretário do conselho; b) apresentação do novo site; c)instrução normativa 1343; d)projeto de lei 161; e)calendário de curso e atividades 2013; f)informes e g) outros assuntos.
 
No item (a) eleição do presidente e secretário após entendimento e indicações foi eleito por unanimidade para presidir o conselho o senhor Olívio presidente da APACEF (Associação dos aposentados da Caixa Econômica Federal ) Rio de Janeiro e para secretariar o senhor Clenio membro do conselho deliberativo da Celesc ( fundo de pensão dos trabalhadores do setor elétrico de Santa Cantarina).
 
No item (b) foi apresentada a proposta do novo site da ANAPAR. Após a apresentação foram coletadas sugestões dos conselheiros para sofrer modificações.
No item (c) foi apresentado pelo companheiro Pegoraro da Associação Nacional dos Aposentados a instrução normativa 1343, onde a receita federal define regras para a devolução dos descontos indevidos do imposto de rende, ou seja,  houve bi-tributação de 1989 a 1995,   durante 7 anos. O governo definiu que a devolução ocorrerá em parcelas a ser descontadas no importo de renda futuro, o que na prática não possibilitará a devolução em vida dos participantes. Muitos participantes com 60 anos, somente seria ressarcido se sobrevivesse com 130 anos de idade. A luta deve ser pela mudança do cálculo e a devolução em vida para os participantes. Neste sentido foi aprovada a luta pela mudança da instrução normativa para que a devolução da tributação indevida seja modificada.
 
No item (d) Foi feito uma apresentação pelo companheiro Sasseron sobre o projeto de lei 161 do deputado Berzoine que altera a governança nos fundos de pensão , alterando a lei 108 e 109 , permitindo dentro em outras coisa a eleição paritária nos fundos de pensão, acabando com o voto de minerva e desta forma igualando o poder de intervenção dos participantes e patrocinadoras. Foi dito da pouca coleta de assinaturas e a necessidade de ampliarmos a coleta. Alternativamente foi colocada a necessidade de intervenção direta nos deputados, porque a partir de uma coleta de assinaturas, na maioria  dos deputados o projeto pode seguir para votação. Foi constituída uma comissão para a coleta de assinaturas dos deputados.
 
 
No item (e), foi apresentado e feitas as adequações das atividades da ANAPAR neste segundo semestre, sendo:  Agosto - de 16 e 17/08 – Seminário Régio Sul; Setembro II Fórum Jurídico da Anapar; 16 e 17 segunda etapa do curso para conselheiros eleitos; 26 e 27 curso de atuária;Outubro VIII Encontro de dirigentes eleitos e 2º Reunião do Conselho Deliberativo da ANAPAR;Novembro 05 seminário São Paulo, 08 e 09 seminário da regional sul, 21 e 22 Curso investimento .
 
 
 
No item (f) a presidenta Claudia Ricaldoni relatou que esta preparando o Manual de Orientações para conselheiros e dirigentes eleitos.  Também relatou que esta em fase final de organização do Congresso da ANAPAR do ano que vem que será em Campinas. Também foi relatado pelo companheiro Itamar, a necessidade de uma intervenção na nova resolução de retirada de patrocínio que não garante o direito adquirido do assistido (aposentado), neste item ficou definida que haverá a intervenção quando houver um fato concreto. Também foram relatados os impactos sobre os planos de benefícios com a mudança da taxa de juros colocada pela previc, que define a adoção de taxas de juros reduzidas até 2018 de 4.5% contra os atuais 6%. Isto transformará uma quantidade grande de fundos deficitários. Também relata a esperteza de fundos que abaixaram a rentabilidade abaixo dos 4% nos planos CD´S e CV´S já , que causam impactam os benefícios futuros já dos participantes, mesmo sem necessidade. Outro debate é o impacto das fiscalizações da PREVIC, que não tem uma atuação unificada, adotando métodos diferenciados na aplicação de autos de infração e multas. Outro problema é a resolução que determina a marcação dos ativos a mercado, mesmo que os mesmo sejam marcados na curva, ocorre que esta determinação coloca o desafio de educação previdenciária e financeira dos participantes. Os participantes não entendem as perdas momentâneas contra o ganho no tempo.
 
 
No item (g) Foi feito uma solicitação para que a ANAPAR apesar de ser contra a certificação dos membros da EFPC ( fundo de pensão) , por entender que a certificação e reserva de mercado, deve atuar na discussão da mesma, porque a resolução 3792/11 exige a certificação de todos os agentes que interfere na política financeira do fundo. Que a previc já esta autuando os fundos por isto, gerando multa e inabilitação.
 
 
Nada mais a tratar a reunião do conselho terminou no dia 07/08, quinta feira, às 18 horas.
 
 
 
 I SEMINÁRIO SOBRE SAÚDE COMPLEMENTAR ANAPAR, DIA 08/08, SEXTA FEIRA INÍCIO ÀS 09 HORAS.
 
PORQUE DO SEMINÁRIO:
 
Existem cerca de 40 fundos de pensão, que administram planos de saúde das empresas, sendo considerada autogestão. Exitem dois tipos de autogestão. A primeira é autogestão por RH , como é nos Correios e a segunda é autogestão por caixa assistenciais como é a CASSIN do Banco do Brasil, ou como é a Sabesprev da Sabesp empresa de água de São Paulo que administra previdência e saúde.
Existem dois tipos de financiamento. A autogestão de RH o sistema de financiamento é de caixa da empresa e a autogestão Caixa Assistência é de reserva financeira.
 
OBJETIVO DO SEMINÁRIO:
 
Levantar os problemas e formular propostas para resolvê-los. Para tanto a compreensão de que devemos lutar pela saúde pública, tendo a percepção de que a saúde complementar é umas das partes, porém que sem uma saúde pública não podemos avançar.
Palestrantes:
 
Vaneide Mangotti Marçon – Ministério da Saúde falando sobre o SUS  e sua legislação .
Ana Maria Costa- Conselho Nacional de Saúde – Falando sobre o SUS , histórico de lutas e desafio da saúde pública universal .
Francisco Telles –  foi da ANS ( agencia nacional de saúde) que regula a saúde complementar .
Gilberto Salviano CUT - Membro do conselho nacional de saúde complementar, falando sobre a intervenção dos sindicatos.
Sergio Franscisco – Vice-presidente da UNIDAS-  A UNIDAS - União Nacional das Instituições de Autogestão em planos de assistência à saúde.
 

 
Histórico das lutas pela saúde pública:
 
            Foi feita uma exposição resgatando a luta pela construção do SUS. Passando pelas caixas de assistência na década de 30 que atendiam as categorias profissionais que as constituíram, pelo INAMPS que unificou as caixas de assistência, porém só atendia na saúde pública os empregados formais com carteira registrada. Antes as pessoas sem vinculo formal de trabalho somente poderiam usar as Santas Casas, com muita precariedade. Na 8º Conferência nacional de saúde em 1986, houve uma grande mobilização pública em defende de um Sistema Unificado de Saúde, que foi mola propulsora para na Constituição de 1988 consagrarmos o SUS.
 
 
 
            A Construção do SUS tem sido um desafio grande. Porém um desafio democrático na medida em que permite a intervenção da sociedade através dos conselhos. Exitem os conselhos NACIONAL, ESTADUAL E MUNICIPAL. Em alguns locais mais organizados conselho nas Unidades Básicas de Saúde.
 
            Em 2012 o governo gastou com a saúde pública cerca de  80 bilhões de reais, muito pouco quando se comparado a necessidade. A fonte do custeio da previdência é: de 3% a 7,5% COFINS, Contribuição sobre o Lucro Líquido 9%, 5 % das apostas em loteria.
            A emenda constitucional 29 definiu percentuais mínimos de gastos com a saúde pública sendo: 15% Municípios, 12% estados e para o governo federal o que gastou no ano passado mais o acrescido da variação do PIB. A Saúde vem sobrecarregando os municípios que gastam em média 32 % de suas receitas com saúde. O estado é o que menos gasta com saúde.
 
            Recentemente a sociedade civil, recolheu 2 milhões de assinaturas em um abaixo assinado para um projeto de lei que garanta 10% do orçamento bruto da União a Saúde.
 
            A construção de a saúde complementar inicialmente passa pela concepção de uma saúde complementar ao SUS, nunca em substituição.
 
Problemas decorrentes com o mundo do Trabalho
 
No Brasil existem milhares de pessoas que adoecem ano após ano em decorrência do trabalho. Muitos ficam inválidos e outros morrem. Em 2011 o Brasil teve 14.811 pessoas que tiveram invalidez permanente e tivemos 2.884 óbitos.  Os custos disto no sitema único de saúde são alarmantes financiados pelo estado e pelos usuários que compartilham com as empresas o tratamento. Além de ser uma epidemia o número de lesionados por motivo de trabalho, os custos de tratamento da saúde aumenta a cada dia. Surge daí uma necessidade de intervenção qualificada na discussão da saúde pública e na saúde complementar, sob a ótica do trabalhador/usuário. Seja através dos conselhos do SUS, seja no conselho de saúde complementar.
 
DIAGNÓSTICO SAUDE COMPLEMENTAR x SUS
 
Cerca de 30% da população é vinculada a um plano de saúde.
Maior volume de doenças de complexidade e de alto custo são tratadas no SUS.
PIB da Saúde: 40% das receitas do PIB da Saúde e pública e 60% é privado.
Impasse ético e político. Muitos deputados são financiados pelo chamado lobby da Saúde privada.
Falta de ressarcimento dos planos de saúde ao SUS, por atendimento de seus clientes no SUS.
 
ANS (AGENCIA NACIONAL DE SAÚDE)
 
A ANS foi criada como uma entidade de regulação do setor. O papel da ANS é de – AUTORIZAR, HOMOLOGAR E MONITORAR.
 
Necessariamente REGULAÇÃO não é controle. Existe uma falsa sensação de controle das pessoas quando imagina que um setor é regulado. Na verdade regulação não é controle.
 
Muitos contratos coletivos de saúde são provenientes de ACORDO COLETIVOS ou Dissídios coletivos.
Existe o Conselho de Saúde Suplementar onde os sindicatos têm participação.
 
 
Diagnóstico da  plenária sobre a  ANS e o papel regulador.
 
A ANS tem uma visão pesada sobre a previdência de autogestão.
Na previdência complementar há uma separação clara entre previdência aberta e previdência fechada com regulação distinta. Na Saúde se coloca no mesmo bojo, saúde privada de planos lucrativos e saúde privada fechada sem lucro das auto-gestões.
 Preços abusivos de Hortenses e Próteses, onde os médicos direcionam o mercado.
 A Justiça como “reguladora”, na medida em que há muitas lacunas.
 Influência das operadoras de planos de  saúde privado na ANS,  que detém mais força que o estado e os usuários.
 
Diagnóstico da plenária sobre os problemas enfrentados pelo setor
 
 Auto gestão corre o risco de não pouco atrativa para os órgão públicos.
 O setor de saúde é um setor atípico na economia, pois cada inovação tecnológica ao invés do custo cair ele se eleva. Os exames e tratamentos novos são caros.
 Maior longevidade e consequentemente maior custo. Há estudos que demonstra que a população hoje acima de 60 anos é de 9% , em 2030 ela se duplicará e em 2050 ela triplicará.
 Custos assistenciais
Custos com problemas decorrentes a doença do trabalhador que onera os planos e é absolvido como custo das massas do plano, quando na realidade é um problema criado pela gestão das empresas.
 Problema de rede credenciada, que dificulta o acesso em determinadas regiões.
 
DEFESA DO DIREITO DOS PARTICIPANTES – PLANO DE AÇÃO
 
            A plenária após discussão definiu a necessidade de aprimorar e aprofundar o debate sobre a Saúde Complementar. A plenária entendeu que a ANAPAR cumpre um papel fundamental na discussão e organização dos trabalhadores na previdência complementar. Que a partir desta experiência pode ajudar a formular políticas na ótica dos trabalhadores para a Saúde Complementar para tanto foi aprovado um conjunto de propostas que segue abaixo:
 
Lutar em defesa e pelo fortalecimento do SUS como sistema de saúde universal entendendo a Saúde complementar com uma parte do sistema de saúde brasileiro.
Lutar por uma regulação do setor de autogestão
 Construir discussão com base  no equilíbrio saúde suplementar  x  pelo preço justo.
 Lutar pela defesa do usuário junto a Saúde complementar.
Pensar em uma estrutura para colocar gente para pensar a saúde complementar.
 Construção de outros seminários.
 Fórum de gestores de saúde complementar de autogestão.
 Prepara qualificação no tema.
 Criação de uma comissão de 5 pessoas  escolhida no Seminário que terá a tarefa sob o comando da diretoria da ANAPAR pensar alternativas de atuação da ANAPAR.
 
 
Nada mais a tratar o Seminário terminou no dia 08/08, quinta feira, às 17 horas.

Negociação permanente, a maçã envenenada da branca de neve

Ribeirão Preto , 13 de Dezembro de 2013.


 
No conto, uma bruxa chega à casa da Branca de Neve e lhe oferece um linda maça, um grande e linda maça, daquelas que faz qualquer um sentir vontade de comer, a moça sem dinheiro pra comprar recebe uma proposta  generosa de ganhar aquela linda maça. Ao mordê-la a moça cai em um profundo sono!
 
            Como no conto acima, a ECT preparou aos sindicatos um linda maça, chamada MNNP(mesa nacional de negociação permanente). De uma hora pra outra aquela que nem queria saber de negociar no acordo coletivo, que não aceitava os 41 sindicatos na mesa de negociação, passa a não só aceitar como a pagar passagens, avião, hotel, táxi e diárias aos sindicalistas.
 
            Assim a empresa preparou uma negociação onde colocou a pauta e as condições. Ela ditou as regras. Com um movimento inexplicável alguns sindicatos começaram como por “encanto” a se sujeitar a lógica da empresa, de negociação paralela, de assinaturas de acordo sem assembléias. Dá lógica de fazer acordo por sindicatos, como se não soubessem que o TST decidiu que o acordo é nacional e representado pela FENTECT. Também esqueceram que a força esta na coletividade e não na individualidade. A empresa nestas negociações propôs 5 itens de discussão, entre eles; 1) que o período de compensação da greve termine neste mês de dezembro.2)Que as greves que ocorreram em 2013 de forma isoladas, seja compensadas até final de Março.3) Acerto de comissão pra analisar acidentes de transito e responsabilização.4)Anistia lei eleitoral.5) assistência médica aos sindicalistas liberados acima de 15 dias. Estes acordos valem lógico para quem comer a maça, ou seja, assinar os acordos.
 
            Bom,  foram assinados por vários sindicatos estes protocolos, que entre outras coisa reconheceram o acordo assinado entre a FINDECT E ECT , no acordo coletivo de 2013. Uma coisa que o próprio TST havia discutido e dito que deve existir apenas um acordo coletivo, por se tratar de uma empresa nacional e deve ser assinado pela FENTECT.
 
A MAÇA “ENCANTADA”
 
            A empresa informou que no dia 16 de Dezembro deste ano, começa a implantar o POSTAL SAÚDE. Todos sabem que nosso plano de saúde o Correio Saúde é sem dúvida o melhor plano de saúde, tanto em cobertura com em compartilhamento do setor público. Que a mudança mudará a lógica do plano que passará de auto gestão por RH para auto gestão caixa de assistência.  Esta mudança transferirá nosso plano para as mãos dos políticos, ou seja, um orçamento de 1 bilhão sendo administrado por políticos de plantão. Além disto, muda a forma de custeio de custeio pelo orçamento da ECT por custeio em capital de cobertura calculado atuariamente. O PLANO POSTAL entra em uma outra fase que trará prejuízos aos trabalhadores no custeio e trará transtorno no recadastramento dos prestadores de serviço.
            Todas estas mudanças acontecem no mesmo momento em que a maça é oferecida aos sindicatos, e ao discutir o POSTAL SAÚDE a empresa diz que não aceita discutir e que irá implantar a mudança na gestão. No máximo ela aceita garantir por hora aos ativos, ou seja, tenta aplicar o modelo do POSTALIS  de quebra agora os novos entrantes e depois atacar o restante.
 
            A greve de 2013 foi realizada pela não mudança da gestão, pela manutenção do Correio Saúde e o TST decidiu assim. A ECT vai contra a justiça e sem respeito aos trabalhadores, e o que parte do movimento sindical faz?
 
            Nada se calam de maneira suspeita e começam a discutir outros assuntos que são importantes, mas nada se compara ao nosso plano de saúde. Quando chamado a discutir em plenária nacional, sem entrar no mérito dos problemas da FENTECT , preferem continuar na mesa assinando acordos menores fingindo que não esta acontecendo nada.
 
            Toda esta armação, omissão, entrega, etc.Como queiram chamar é coordenada pelos sindicatos ligados ao PT ARTICULAÇÃO e com a conveniência da  FINDECT. Que em troca passa a ter seus acordos reconhecidos pelos sindicatos da ARTICULAÇÃO/PT/CUT. Esta ação faz parte de um projeto articulada pelo governo do PT, aparelhando nosso plano de saúde e preparando  a eleição tranqüila da presidente Dilma em 2014. Aliadas as mudanças geradas pela reforma do estatuto da ECT o PT segue a passos largos rumo a privatização dos Correios.
 
            Não é natural terminarmos uma greve em final de outubro e em dezembro, onde declaramos guerra ao POSTAL SAÚDE declaramos guerra à divisão da categoria por um acordo nacional e conseguimos que o TST declarasse tudo isto e agora, menos de 2 meses estes sindicatos assinam acordo que divide a categoria e esquecem a luta pelo  Correio Saúde, fazendo vista grossa a sua implantação.
 
Apesar de você PT amanhã há de ser outro dia!
 
            Pelo menos 15 sindicatos recusaram a assinar estes acordos, que traem sem dúvida a categoria nacional. Quando dizemos traem,  queremos deixar claro que ao aceitar a divisão da categoria e aceitar de forma pacífica a transferência da gestão de nosso plano de saúde é uma traição.            Os sindicatos nascem pra lutar pelos trabalhadores, pelos seus direitos. O sindicato é a voz do oprimido, e a força contra o opressor, contra o patrão que busca roubar cada gota de suor do trabalhador. Assim um sindicato que não reage e que se alia aos patrões não pode ser a sua voz, é a voz do patrão. Hoje os sindicatos ligados a articulação sindical/PT/CUT fazem esta parte e os sindicatos ligados a FINDECT se aliam a esta situação.
 
A Resistência
 
Estes sindicatos se reuniram em Brasília neste dia 12/12 e aprovaram a construção da greve contra o POSTAL SAÚDE. Não ao POSTAL SAÚDE !
            

Renúncia do diretor financeiro do POSTALIS

Campinas, 15 de Outubro de 2013.
 
 
 
A renúncia do diretor financeiro do POSTALIS, no dia 09/10, fecha uma capitulo triste da história de nosso fundo de pensão. Desde o ano passado, aconteceram denúncias na imprensa (SEC), fiscalização da PREVIC e perdas em investimentos que abalaram a confiança no gestor financeiro do POSTALIS. O próprio conselho deliberativo reunidos em Novembro de 2012, discutiu a demissão de Ricardo Oliveira, que só se manteve no cargo pela mudança do voto de um conselheiro, que anteriormente votara na demissão do mesmo. Após a mudança 3 conselheiros votaram pela demissão e 3 conselheiros votaram pela permanência, cabendo ao presidente do conselho deliberativo a decisão final que foi a permanência do mesmo.
Já no final de 2012, a fiscalização da PREVIC lavra 15 autos de infração sobre os diretores do POSTALIS. A Base dos autos de infração é ultrapassar a alocação de investimento por seguimento definido nos limites prudências da resolução do CVM(Comissão de Valores Mobiliários) 3792.
Com o passar do tempo, foi se mostrando que o resultado financeiro alcançado pelo fundo era desastroso. Apesar de ter apenas um ano como diretor financeiro, o executivo que foi funcionários do instituto por muitos anos, fora também gerente de aplicações por vários anos e membro do comitê de investimento do POSTALIS, tendo seu voto na maioria dos investimentos e na estratégia da alocação da carteira de investimento. Não podendo alegar falta de conhecimento.
Em abril de 2013, com um déficit na casa dos 985 milhões, o conselho deliberativo do POSTALIS implanta um novo plano de custeio que define entre outras coisas a retomada de contribuições dos participantes saldados do plano BD, na ordem de 3,94% sobre o valor saldado. Efetivamente os péssimos resultados financeiros tem seu primeiro impacto sobre os participantes.
Em julho de 2013, o colegiado da PREVIC começa a julgar os recursos dos gestores do POSTALIS antigos e novos, contra os auto de infração aplicado pela fiscalização e confirmar por unanimidade a aplicação de multa conjugada com inabilitação dos  gestores.
A partir daquele momento temos um diretor financeiro multado em grau de recurso e inabilitado para as funções e parte de seu comitê de investimento nas mesmas condições. Em reunião realizada na sede da ANAPAR, 10 entidades de trabalhadores nos correios se mobilizam exigem a mudança do diretor financeiro, entre elas os SINTECT-Alagoas, Campinas e  Ceará e a FENTECT. O manifesto foi endereçado a presidente Dilma Roussef, a Ministra chefe da casa Civil Gleisi Hoffman e ao Ministro das Comunicações Paulo Bernardes.
Na semana do dia 09/10, o governo deu um ultimato ao Diretor Financeiro , ou o mesmo pedisse demissão ou seria demitido, segundo reportagem do jornal Estado de São Paulo,  e o mesmo apresentou carta de renúncia ao conselho deliberativo do POSTALIS.
Lições que ficam
Primeira lição que fica é a necessidade de atuar junto ao conselho deliberativo do POSTALIS. Temos pessoas sérias lá dentro, mas  temos os interesses políticos e pessoais atuando também. Se o conselho que detém informações privilegiadas tivesse feito sua parte em 2012, hoje o POSTALIS estaria enfrentando outros desafios. Mas temos sim que dizer que os conselheiros Marcos Silva, Rogério Ubine e Tania Munari fizeram sua parte e votaram pela demissão deste diretor. Que o diretor só foi mantido com a virada do voto do conselheiro eleito Reginaldo Alcantara e do conselheiro indicado Julio Vicente Lopes . E pelo voto normal e  de minerva do presidente do conselho indicado pela ECT Ernani Coelho.
Que infelizmente apesar dos péssimos resultados apurados no fechamento do balanço em Março, que gerou retomada das contribuições dos participantes. Apesar das multas e inabilitações aplicadas nos gestores e confirmadas pelo colegiado da PREVIC. Nada se fez contra os gestores pelos conselhos, o que é lamentável, inclusive pelo conselho fiscal que é presidido por um conselheira eleita pelos trabalhadores e que tem o dever de fiscalizar os atos de gestão. Não se enxerga nada sobre estes episódios de atuação do conselho fiscal,nenhuma manifestação, como se nada disto fosse problema. Uma omissão preocupante!  Mais preocupante é o fato dos membros outrora do conselho deliberativo,  Reginaldo Alcântara e Julio Vicente que protegeram com seu voto no conselho deliberativo o diretor financeiro, ter sido eleito pelos trabalhadores e indicado pela empresa ,desde Fevereiro 2013, e agora fazer parte do Conselho Fiscal.
Porém a unidade de ação das entidades de trabalhadores junto a ANAPAR demonstrou que o caminho é atuar conjunto na luta pelo acompanhamento das ações junto ao nosso fundo de  pensão. A saída do diretor financeiro do POSTALIS não é a resolução de nossos problemas, a efetiva resolução de nossos problemas esta em criar uma gestão mais transparente, participativa. Para tanto necessitamos ter um comitê de investimento com a participação efetiva das entidades de representação dos trabalhadores. Precisamos ter a participação com mais comitês de assessoramentos em outras áreas. O POSTALIS tem de sofrer uma ação forte no sentido de garantir uma efetiva governança paritária.
O Postalis não é dos partidos políticos ou do governo de plantão. O Postalis é nosso, para garantir nossos benefícios previdenciários. Esta luta tem de continuar, esperamos que este episódio sirva aos participantes para melhorar nossos olhares sobre a gestão de nosso fundo de pensão, e também para que as entidades possam se unir e atuar juntas, quando existe  uma junção das forças o resultado aparece.
    O SINTECT  continuará atuando, fiscalizando as ações do POSTALIS, afinal lutamos para garantir nossa aposentadoria, que contribuímos por anos.

NOTA:SINTECT CAS